sexta-feira, 9 de outubro de 2009

VISÃO DA BÍBLIA COMO UM LIVRO ANTIGO - PARTE 2

A. Os dois testamentos

A Bíblia está dividida em duas seções conhecidas como Antigo e o Novo Testamento. A palavra "testamento" foi originalmente traduzida como "aliança" ou "pacto" que Deus fez com seu povo. O Antigo Testamento contém 39 livros e o Novo, 27. O AT tem esse nome por ser a antiga aliança que Deus havia feito com Abrão e renovado com os patriarcas e com Davi. Tem sentido único de concerto, pacto, pois era o pacto que Deus havia feito. Já o NT, é a nova aliança que Cristo fez conosco por meio de seu sangue, além de ter também o sentido de “testamento”, que uma pessoa faz para outra herdar na ocasião de sua morte. O testamento que Cristo nos deixou na ocasião de sua morte de cruz, ou seja, a vida nova por intermédio de seu sangue e a certeza da vida eterna !

B. Divisões do Antigo Testamento

O Antigo Testamento tem 39 livros que foram escritos originalmente em hebraico, língua oficial da nação Israelita, com exceção de pequenos trechos que o foram em aramaico (livro de Esdras, Jeremias e Daniel), sendo a mais extensa em Daniel, que vai de 2.4 a 7.28. O aramaico era a língua que Israel havia trazido do seu exílio da Babilônia. Há também algumas palavras persas, sendo a Pérsia uma das nações que dominou sobre o império babilônico. Daniel viveu na Babilônia desde o imperador Nabucodonosor, imperador mais proeminente desta nação, até o império medo-persa. Os 39 livros do A.T, estão classificados em 4 grupos, conforme os assuntos a que pertencem: LEI, HISTÓRIA, POESIA, PROFECIA.

Vejamos os livros por cada grupo:

a) LEI. São 05 livros: Gênesis, Êxodo, Levíticos, Números, Deuteronômio. São comumente chamados de “O Pentatêuco”. Esses livros tratam da origem de todas as coisas, da Lei e do estabelecimento da nação de Israel.
b) HISTÓRIA. São 12 livros: de Josué a Ester. Ocupam-se da história de Israel nos seus vários períodos: a) Teocracia, sob os juízes. b) Monarquia, sob Saul, Davi e Salomão. c) Divisão do reino e cativeiro, contendo os relatos dos reinos de Israel - (reino do norte, constituído de dez tribos) e Judá (reino do Sul, constituído das tribos de Judá e Benjamim) este levado em cativeiro pela Babilônia e aquele pelos Assírios. O reino do norte, Israel, desapareceu devido a sua constante desobediência a Deus, tendo eles se misturado com os assírios, surgindo daí, inclusive, os samaritanos. Judá retorna a Jerusalém com Zorobabel, Esdras e Neemias, em conjunto com os profetas contemporâneos a essa época. Daí surge o termo Judéia, relacionado à região que compreendia os limites da nação Israelita, sendo esta depois subjugada pelo império romano.
c) POESIA. São 05 livros: de Jó a Cantares de Salomão. São chamados poéticos, não porque sejam cheios de imaginação e fantasia, mas devido ao gênero do seu conteúdo. São também chamados devocionais.
d) PROFECIA. São 17 livros: de Isaías a Malaquias. Estão subdivididos em:
a. Profetas Maiores: de Isaías a Daniel. (05 livros)
b. Profetas Menores: de Oséias a Malaquias. (12 livros)
Os nomes maiores e menores não se referem ao mérito ou notoriedade do profeta, mas ao tamanho dos livros e à extensão do ministério profético, ou seja, sua duração.
Nas Bíblias de edição católico-romana, os livros de 1 e 2 Samuel e 1 e 2 Reis, são chamados de 1,2,3 e 4 Reis, respectivamente, 1 e 2 Crônicas são chamados de 1 e 2 Paralipômenos. Esdras e Neemias são chamados de 1 e 2 Esdras. Também nas edições católicas de Matos Soares e de Figueiredo, o Salmo 9 corresponde nas versões de Almeida, aos Salmos 9 e 10. O numero 10 é o nosso 11. Isso vai assim até os Salmos 146 a 147 que nas nossas compreendem o salmo 147. Deste modo, os três últimos Salmos são idênticos em qualquer uma das versões acima citadas. Essa diferença de numeração, em nada afeta o texto em si, e não poderia ser doutra forma, sendo a Bíblia o Livro do Senhor !
Nas nossas Bíblias, os livros do A.T estão classificados por ordem de assunto. Essa classificação vem da Septuaginta – de setenta - (versão grega do A.T em hebraico, que leva esse nome, por ter sido escrita, segundo uma tradição judáica, por uma comissão de setenta e dois jedeus, dirigida aos judeus de língua grega. Há outras versões de como a Septuaginta foi escrita, sendo por volta de 250 a 150 a.C). Ela teve como base o AT hebraico. É a Bíblia mais antiga que temos, mesmo não havendo hoje, nenhuma parte dos originais. Somente as cópias, das quais a mais antiga data de 325 d.C. Na confecção da septuaginta vê-se a provisão de Deus para que a sua palavra fosse difundida, já que a língua comercial da época era justamente o Grago. Foi com a septuaginta que surgiu a divisão do AT, como temos hoje em nossas Bíblias, ou seja, LEI, HISTÓRICOS, POESIA, PROFÉTICOS. No caso da classificação por assunto, não é levada em canta a ordem cronológica dos livros, ou seja, a ordem por datas em que foram escritos. Ex. Gêneses (1521-1500 a.C) antes de Jó (1521 a.C – provavelmente o primeiro livro do AT a ser escrito), Mt (60 d.C) antes de I Ts (51. d.C – primeiro livro do NT a ser escrito). Isso é diferente no AT Hebraico, que é disposto cronologicamente. Neste caso, o leitor inexperiente, poderá fazer grande confusão se quiser agrupar os assuntos de nossas Bíblias cronologicamente. Ex. Genesis é o livro dos começos, mais muitos fatos que ele relata, por exemplo a história de José no egito, aconteceram muitos anos depois de Jó existir, apesar do livro de Jó estar situado após o livro de Gênesis, justamente pelo agrupamento em ordem de assunto. No caso de Gênesis e Jó, isso se dá por causa da criação (início de tudo) que é relatada em Gênesis.

O Antigo Testamento hebraico é dividido em três seções:

- A Lei (Torah), cinco livros: Gênesis, Êxodo, Levíticos, Números e Deuteronômio.
- Os Profetas (Nebhiim), oito livros: Primeiros Profetas - Josué, Juízes, Samuel e Reis; Últimos Profetas: Isaías, Jeremias, Ezequiel e os últimos doze: (de Oséias a Malaquias, esses doze para os judeus são considerados um só livro, apesar de ter tido cada um um escritor diferente).
- Os Escritos (Kethbhim) - às vezes chamados de Salmos, inclusive por Jesus Lc 24.44, onze livros, sendo: Livros Poéticos - Salmos, Provérbios e Jó; Os Cinco Pergaminhos: (Megilloth)
- Cantares de Salomão, Rute, Lamentações, Ester e Eclesiastes; Livros Históricos - Daniel, Esdras, Neemias e Crônicas. O LIVRO DE DANIEL apesar de ser um livro que contenha profecias e em nossas Bíblias ser classificado como profético é considerado histórico para os judeus, por relatar a História do povo de Israel na Babilônia.
Em vez de 39 livros, como temos nas nossas Bíblias referentes ao Antigo Testamento, os Judeus têm 24, devido à divisão vista assima, desta forma temos:
- Os dois livros de Samuel....................................... 01 Livro
- Os dosi de Reis...................................................... 01 Livro
- Os dois de Crônicas............................................... 01 Livro
- Os dois, Esdras e Neemias..................................... 01 Livro
- Os doze Profetas Menores...................................... 01 Livro
- Os demais livros do AT......................................... 19 Livros
- Total............... 24 Livros

Estas divisões estão de acordo com as palavras de Jesus, veja Lc 24:44. O Antigo Testamento é algumas vezes mencionado abreviadamente como a "lei e os profetas" (Mt 5:17; 11:13; At 3:15). Ainda mais brevemente, o termo "Lei" parece incluir as outras divisões (Jo 10:34; 12:34; 15:25; I Co 14:21).

C. Divisões do Novo Testamento

O N.T, tem 27 livros. Foi escrito originalmente em grego; não o grego clássico dos grandes pensadores e eruditos, mas o grego conhecido como Koine (Koiné), ou seja, popular, língua grega falada pelo povo (comerciantes, pescadores, etc). Seus 27 livros estão classificados em 4 grupos conforme os assuntos a que pertencem.

- BIOGRÁFICOS. São 04 livros: Mateus, Marcos, Lucas, João. (vida de Cristo)
- HISTÓRICOS. um livro: Atos.
- PEDAGÓGICOS, conecidos como Epistolas (EPÍSTOLAS) - do grego - que significa CARTAS. (Por isso os chamamos de Epistolas ou Cartas) São 21 livros: Romanos, 1 e 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1 e 2 Tessalonicenses, 1 e 2 Timóteo, Tito, Filemom, Hebreus, Tiago, 1 e 2 Pedro, 1, 2 e 3 João e Judas.
- PROFÉTICO. um livro: Apocalipse.

D. Capítulos e versículos

A Bíblia antes, não era dividida em capítulos e versículos, o que se deu da seguinte forma:

Divisão em capítulos: Por volta de 1250, pelo cardeal Hugo de Saint Cher, abade dominicano e estudioso das Escrituras.

Divisão em versículos: Em duas etapas: A.T em 1445 pelo Rabi Nathan; N.T. em 1551, por Robert Stephans, um impressor de Paris. Steves publicou a primeira Bíblia (Vulgata Latina) dividida em capítulos e versículos em 1555.
A Bíblia contém: 1.189 capítulos e 31.173 versículos.
A.T. : 929 capítulos e 23.214 versículos
N.T. : 260 capítulos e 7.959 versículos

O número de palavras e letras depende do idioma e da versão. O maior capítulo é o Salmo 119 e o menor o Salmo 117. O maior versículo está em Ester 8.9; o menor em Êxodo 20.30. (isso, nas versões portuguesas e com exceção das chamadas “Traduções Brasileiras”, onde o menor é Lucas 20.30). Em certas línguas, o menor é João 11.35. Os livros de Ester e Cantares não contém a palavra Deus, porém a presença de Deus é evidente nos fatos neles desenrolados, mormente em Ester. Há na Bíblia 8.000 menções de Deus sob vários nomes divinos e 177 do Diabo sob seus vários nomes.
A vinda do Senhor é referida direta e indiretamente 1.845 vezes, sendo 1.527 no AT e 318 no NT. Não é esse um assunto para séria meditação ?
O Salmo 119 tem em hebraico 22 seções de 8 versículos cada uma. O número 22 corresponde ao número de letras do alfabeto hebraico. Cada uma das 22 seções inicia com uma letra desse alfabeto, e, dentro de cada seção, todos os versículos começam com a letra da respectiva seção. Caso semelhante há no livro de Lamentações de Jeremias. Ali, em hebraico, os capítulos 1,2,4 têm 22 versículos cada um, correspondendo as 22 letras do alfabeto, de álafe a tau. Porém o capítulo 3 tem 66 versículos, levando cada três deles, a mesma letra do alfabeto.Há outros casos assim na estrutura da Bíblia. Isso jamais poderia ser obra do acaso, levando-se em consideração que os escritores dos Salmos foram vários e de épocas distantes. A frase “não temas” ocorre 365 vezes em toda a Bíblia, o que dá uma para cada dia do ano! O capítulo 19 de 2 Reis é idêntico ao 37 de Isaías. O AT encerra citando a palavra Maldição. O NT encerra citanda a expressão “A graça do nosso Senhor Jesus Cristo”. Exemplos de falhas nas divisões: Atos 21 e 22 e João 7:53 e 8:1. Isso não afeta o texto bíblico, o que não poderia ser diferente. Sendo afetado somente a distribuição dos assuntos. Lembrando que os originais não têm divisão de capítulo e versículo.

AS MULHERES PODEM PREGAR O EVANGELHO ?




Texto original, escrito em 1900 - Desde a queda no Jardim do Éden a mulher tem sido humilhada e sujeitada pelo homem. Quanto mais primitivo o povo, pior tem sido o tratamento dado à mulher. Em muitos casos ela tem sido considerada simplesmente escrava do homem. Alguns povos têm impedido a mulher de obter qualquer formação ou estudo. A maneira como a mulher muitas vezes tem sido tratada não é nem conveniente descrever para um público cristão. A forma insultuosa e degradante que ela tem sido obrigada a suportar por parte de muitos homens ainda é uma realidade em muitos países. Somente o cristianismo verdadeiro pôde restituir à mulher a dignidade e os direitos que lhe cabem: um fato que creio ninguém tem coragem de negar.
Em uma sociedade sem preconceitos, na qual a verdade do Evangelho pode ser livremente proclamada, a mulher reconquista sua posição natural. Ela é reconduzida a igualdade com o homem. A mulher, quando criada, não foi tirada do pé do homem, para que não fosse por ele pisada, nem tampouco foi tirada da cabeça para que ela não dominasse sobre o homem. Não, ela foi tirada do seu lado, o que prova que a mulher deveria estar em posição de igualdade com o homem.
Quando Deus escolheu seu povo Israel e lhe deu sua revelação, era preciso ir ao seu encontro no ponto em que estavam e aos poucos elevar seu patamar moral. Foram muitas as coisas que o Senhor permitiu “por causa da dureza de coração” do povo. Mesmo assim, a mulher tinha uma situação bem melhor entre os judeus do que as mulheres dos povos vizinhos. O que o Antigo Testamento não pôde realizar, o Novo Testamento completa..
No templo de Salomão havia uma série de pátios: dos sacerdotes, dos levitas, dos homens judeus, das mulheres judias e dos gentios. Além disto, havia ainda o grande véu do santuário que isolava o espaço do Santo dos santos ao qual somente o sumo-sacerdote tinha acesso. Todos estes muros e separações indicavam o espírito do culto legalista daquele tempo. Quando Jesus morreu na cruz, o véu do santuário se rasgou de alto a baixo e, conseqüentemente, também os outros muros de separação foram derrubados. Desde então “não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos são um em Cristo Jesus.” (Gl 3.28)
Um argumento comum contra a presença da mulher na proclamação do Evangelho é dizer que a função de pregador não é natural à mulher. Mas esse argumento tem sua origem no erro comum de confundir aquilo que é natural e decoroso, com aquilo a que estamos acostumados. O costume ou o hábito nos faz crer que coisas não naturais sejam na realidade corretas, enquanto outras perfeitamente corretas são vistas como não naturais por serem incomuns.
Outro argumento que temos ouvido é como pode alguém que se diz seguir a Palavra de Deus ter a coragem de defender o direito da mulher de falar na Igreja. Este é o argumento mais importante a ser respondido. Se o argumento fosse válido não apenas concordaríamos com ele, mas também daríamos nosso total apoio a esta posição. Cremos, no entanto, que poderemos dar uma interpretação e aplicação correta sobre o assunto no sentido de não apenas afirmar o direito da mulher pregar, mas até mesmo mostrar que a Bíblia incentiva que ela o faça.
Existem dois textos escritos pelo apóstolo Paulo que são geralmente citados neste contexto. 1 Coríntios 14.34 e 1 Timóteo 2.12. Nenhum dos dois pode, no entanto, ser usado para defender a idéia de que a mulher não deve pregar o Evangelho.
a. Porque vai contra o espírito do cristianismo. Deus em sua ação em prol da salvação do ser humano, assim como em seus deveres e direitos, não fez nenhuma distinção entre o homem e a mulher.
b. Porque vai contra a economia de Deus. Deus jamais criou algo sem um propósito, nem capacitou seres com dons e características que não poderiam ser utilizadas. Não é possível provar que a mulher teria menor capacidade do que o homem, menor sabedoria ou menos poder do Espírito Santo e por isto seria incapaz de pregar o Evangelho.
c. Porque vai contra profecias claras nas Escrituras. Segundo o profeta Joel viria um tempo em que não mais se faria distinção entre homem e mulher. Deus iria derramar seu Espírito sobre filhos e filhas (Joel 2.28 e 29). Esta profecia se cumpriu no Pentecoste e desde então não tem sido apenas uma promessa e, sim, uma realidade. A promessa do Espírito Santo já foi cumprida há 1900 anos e cremos que ainda hoje existem mulheres capacitadas pelo Espírito de Deus para proclamarem as verdades do Evangelho. A não ser que não creiamos mais no poder e na ação do Espírito Santo, uma proposta que só pode envergonhar a Igreja do Senhor.
Em vários lugares do Novo Testamento encontramos mulheres que oravam e profetizavam publicamente. Em 1 Coríntios 11.4-6 o apóstolo Paulo quer dar algumas orientações sobre como a profecia deveria ser entregue, mas não há dúvida de que ele permite que a mulher profetize. Em Atos 21.8 e 9 lemos como o apóstolo Paulo chega em Cesaréia e foi morar na casa do evangelista Filipe. Este tinha 4 filhas solteiras que profetizavam, e não me parece que em algum momento o apóstolo tenha lhes mandado calar.
Qual era o serviço de Febe em Romanos 16.1? Se ela servia na Igreja em Cencréia não é provável que ela tenha permanecido sempre “calada”. Certamente ensinou sobre Jesus Cristo e a salvação a muitos durante os anos que ali serviu. Aliás, neste capítulo 16 Paulo saúda tanto a homens como mulheres, sem exceção, pois tanto um como o outro grupo exerciam ministérios semelhantes tanto dentro de Igreja como fora dela. Quanto a Febe, Paulo usa a palavra diácono (em grego, diaconoi) para descrever o seu serviço. Esta palavra é a mesma usada sobre os discípulos e até sobre o Senhor Jesus. Observe os seguintes versos. “Pois eu lhes digo que Cristo se tornou servo (diaconoi) dos que são da circuncisão” (Rm 15.8); “Afinal de contas, quem é Apolo? Quem é Paulo? Apenas servos (diaconoi) por meio dos quais vocês vieram a crer” (1Co 3.15); Ele nos capacitou para sermos ministros (diaconoi) de uma nova aliança” (2Co 3.6); “Ao contrário, como servos (diaconoi) de Deus, recomendamo-nos de todas as formas” (2Co 4.6).
Poderíamos citar outros exemplos da Bíblia que mostram como mulheres pregavam o Evangelho no início da era cristã, mas cremos que já é suficiente.
Por fim, usa-se o argumento de que “Cristo não enviou nenhuma mulher a pregar, os apóstolos não enviaram nenhuma mulher, nem há nas Escrituras nenhuma ordem dizendo que elas deveriam se tornar pregadoras. Vejamos até onde nos leva este tipo de argumentação. È um fato que Cristo nunca construiu uma igreja, nem mandou que fossem construídas. Nem os apóstolos construíram algumas igrejas ou ensinavam seus membros a fazê-lo. Portanto, deve ser contra as Escrituras construir igrejas. A mesma argumentação pode ser usada para as Escolas Dominicais, grupos familiares, reuniões de estudo bíblico e uma série de instituições e práticas que temos em nosso meio. Este tipo de conclusão é falsa porque se baseia em premissas falsas.
Além disso, não é verdade que Jesus não enviou nenhuma mulher a proclamar o Evangelho. Em pelos menos duas ocasiões Jesus enviou uma mulher a proclamar as Boas Novas. Primeiro no encontro com a mulher samaritana. “[Jesus] lhe disse: ‘Vá, chame o seu marido e volte’... Então, deixando o seu cântaro, a mulher voltou à cidade e disse ao povo: ‘Venham ver um homem que me disse tudo o que tenho feito. Será que ele não é o Cristo?’ Então saíram da cidade e foram para onde ele estava.” (Jo 4.16,28-30). Ninguém pode negar que Jesus disse à mulher que deveria ir contar o que sabia sobre ele. A mulher foi à cidade e se dirigiu ao povo. Que outra coisa pode um pregador fazer? Sua tarefa consiste em contar aos outros sobre quem é Jesus.
Em outra passagem do evangelho de João está escrito: “Jesus disse: ‘Não me segure, pois ainda não voltei para o Pai. Vá, porém, a meus irmãos e diga-lhes: Estou voltando para meu Pai e Pai de vocês, para meu Deus e Deus de vocês’. Maria Madalena foi e anunciou aos discípulos: ‘Eu vi o Senhor!’ E contou o que ele lhe dissera.” (Jo 20.17,18). Este é o segundo texto no qual vemos o Senhor enviando uma mulher que deveria proclamar a Nova do Evangelho.
Para concluir vamos analisar os textos bíblicos usados por muitos como prova contra o direito da mulher publicamente se apresentar como ministra e pregadora da Palavra. Leia 1 Co 14.31-35.
Entendemos ser importante ler todo o contexto para melhor entender o objetivo do apóstolo ao escrever tais palavras. O verso 31 nos ensina que “pois vocês todos podem profetizar, cada um por sua vez”. No verso 34 está escrito: “permaneçam as mulheres em silêncio nas igrejas, pois não lhes é permitido falar”. No primeiro, Paulo diz que todos podem profetizar, no segundo afirma que as mulheres devem permanecer em silêncio. Estaria o apóstolo entrando em contradição? Além do mais, como vimos acima, o Espírito Santo viria sobre todos: “filhos e filhas iriam profetizar”. Não cremos que o Paulo tenha ido contra o próprio ensino bíblico, nem tenha entrado em contradição. A chave para compreender o contexto está no verso 35: “se quiserem aprender alguma coisa, que perguntem a seus maridos em casa”. As mulheres que neste texto são orientadas a se calarem, são aquelas que deveriam buscar, primeiro, uma instrução básica em seu próprio lar. Devemos nos lembrar, que a mulher na época tinha pouca ou nenhuma instrução. Ela não era capaz de entender as discussões e tinha talvez, muitas dúvidas que para os outros eram irrelevantes. Ela é, então, aconselhada a perguntar ao seu marido em casa.
O segundo texto é o de 1Tm 2.12: “Não permito que a mulher ensine, nem que tenha autoridade sobre o homem. Esteja, porém, em silêncio”. Mesmo que não há nenhuma evidência de que este texto esteja se referindo ao exercício público da palavra, iremos analisá-lo, haja visto que muitos o usam neste sentido. Pelo contexto podemos perceber que Paulo está se referindo, primeiramente, a mulher casada e não às mulheres em geral. Às solteiras e viúvas ele não tem nenhuma orientação a dar. As palavras do apóstolo se referem ao comportamento pessoal da mulher no contexto do lar. No mesmo texto há orientações quanto ao vestir e como deve agir em relação à sociedade em geral (com boas obras). Não há como inferir do texto que a mulher não poderia ensinar, nunca. Nem seus filhos, servos ou mesmo seu marido. O texto se refere ao ensino que exige submissão, subserviência. Este não caberia à mulher (e nem de fato, ao homem).
O contexto em que viviam as mulheres neste tempo é também bastante esclarecedor. Tanto em Corinto como em Éfeso (onde estava Timóteo) havia uma forte presença de idolatria ligada à deusas que eram servidas por mulheres-sacerdotisas. Este serviço implicava freqüentemente em prostituição e a imagem da mulher que se apresentava em público era bastante desgastada. Como, neste ambiente, seria aceita a palavra de uma mulher? Provavelmente, não poderiam ser levadas a sério e seu testemunho não seria cristão. Paulo recomenda que neste contexto as mulheres não ensinem.
Depois de trinta anos servindo ao lado de mulheres de Deus, minha experiência não tem me dado qualquer motivo de duvidar de que elas possam ocupar lugares de destaque na igreja, muito pelo contrário, estou convencido que a presença da mulher nos púlpitos e lugares públicos só traz bênçãos. Eu sou muito grato ao Senhor Jesus por que Ele não faz acepção de pessoas e tenho visto muitos exemplos de como Ele tem usado irmãs em Cristo de forma maravilhosa. É neste espírito e com o propósito de defender a missão da mulher contra aqueles que querem que ela se cale que escrevo este pequeno estudo.
John Ongman, Örebro, 1900 - Tradução e Resumo – Leif Ekström (2009)
Fonte:

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

MÚSICO PROBLEMÁTICO X SATANÁS


Em Ezequiel 28.1-10 vemos uma descrição de um ser "PRINCIPE DE TIRO" e a partir do vv. 11 de um ser "REI DE TIRO".

Este texto fala claramente de um ser sobrenatural (vv. 11...), que é comparado ao príncipe de Tiro (vv. 1-10), que foi segundo o historiador Flávio Joséfo, rei de uma fortaleza edificada numa Ilha, fortaleza esta que fora dominada depois de inúmeras tentativas de vários povos, por Nabucodonossor, imperador da Babilônia.

Esse ser sobrenatural é Lúcifer, que se tornou em Satanás (Deus não criou o diabo), esse por seu orgulho deixou de prestar contas a Deus, com relação a este planeta. (Veja, era função dele governar a Terra), vistoriá-la e reivindicar glória de quem quer fosse na terra para Deus (A função de um querubim é a de protejer a glória de Deus, ou seja, reinvindica-la a Deus, isso pela própria vontade de Deus, pois Ele não precisa de ninguém para isso). Essa é a função de um Querubim. E ele o era ! Além disso era Querubim ungido, segundo o texto. Denota-se aí, (pela unção), que tinha a função de sacerdote e governante.

Veja em Jó 1.7, Satanás vinha de rodear a Terra seu antigo reino.

Em Gn 3.1-14, a serpente, usada por satanás, que viera ver o jardim, (pois Deus entregara a Terra, antes de Lúcifer, para o homem - Gn 1.26), ilude a mulher para que essa junto com seu marido desobedeçam a Deus, e percam o direito de governar o Planeta, como Ele (satanás havia perdido).

Em que "ÉRA - época" Lúcifer governou esse planeta, chamado por Deus de Éden duas vezes?


a) Em Gn 2.8, Deus planta um jardim "no Éden - lugar de delícias", ora a Terra era um lugar de delícias e Deus plantou um jardim na banda do oriente, mas precisamente onde é o Iraque hoje. Com isso todos os historiadores, arqueologos e teologos, concordam.
b) Em Ez 28, numa era antes da era de adão Deus havia criado o Éden, porém com características totalmente diferentes do do Éden de Adão. Era um Planeta mineral e sua habitação não nos é detalhada - Dt 29.29).
A RESPOSTA PODE ESTAR AQUI:

No vv 1 do cap 1 de Genesis, Deus criou os "céus e a Terra", ou seja, os céus - universo e seus bilhões de Galáxias. E a terra - Éden. Aqui a terra é destacada porque é o lugar onde moramos e a Bíblia foi dada por Deus para nós.
No vv 2, a Terra estava (ou tornou-se sem forma e vazia)


O fato é que:

1) A terra não foi criada sem forma. (Is 45.18;)

2) Havia um regente nesta terra, muitas eras antes de Adão (Is 14.12-15). Neste texto, assim como em Ez. 28, há uma descrição de algo visível e palpável, que se possa comprar com a revelação à frente, ou seja, neste caso de que a “Estrela da Manhã” no texto em questão era Lúcifer, almejando se igual ao altíssimo. E o que nos chama a atenção é que o texto fala sobre nações sob o seu comando.

OBS.: EM NENHUM DESSES LUGARES VEMOS LÚCIFER REGENDO UM CORAL, OU ORQUESTRA para louvar a Deus e sim vemos um ser coroado de realeza (a música era para ele – como para os reis em nossa época, que têm na corte o privilégio de um músico para sua distração – Ez 28.13b, fala que a música foi feita para lúcifer e não ela para a música).
Desta forma vemos claramente que há muitas ERAS atrás, Lúcifer tornou-se por sua própria vontade em Satanás e QUE POR CAUSA DELE OU POR ELE A TERRA FOI DESTRUÍDA. O que vem de encontro com a ciência no tocante a ERA glacial, onde antes disso foi o Planeta castigado por um asteróide e por isso inundado por uma núvem de poeira cosmica, o que acarretou em seu congelamento, devido à Luz solar não poder banhar a Terra. Veja que no vv. 1 de Genesis Deus criuo os céus (Universo) e a Terra, e no vv. 2 SOMENTE A TERRA tornou-se sem forma e vazia.

Nos versículos subsequentes, Deus recria o Planeta. ou seja, Não é a criação original, que fora há ERAS atrás.

Concluímos que:


1) Lúcifer nunca teve como atividade principal tocar ou cantar a Deus, se é que o tenha feito em seu ministério, o que pode ser, já que todas as criaturas de Deus, louvam o seu nome, exceto agora, Satanás, o adversário de Deus.

2) Satanás tem ódio de todo cristão e não só dos músicos, por causa da morte de Cristo que nos reconciliou com Deus, pela graça e nos fez assentar nos lugares celestiais com Cristo Jesus ! (Ef 2.1-6; II Pe 2.9; AP 5.8-10).

3) LOUVOR NÃO É MÚSICA é testemunho de vida com Deus (Hb 13.15) é o fruto (resultado) dos lábios que confessam o nome de Jesus. Esse resultado é a ação do Espírito Santo em nós produzindo o fruto do Espírito (Gl 5.22). ESSE FRUTO DO ESPÍRITO, MANIFESTADO EM NÓS, LEVA-NOS A ANDAR SEGUNDO O CARÁTER DE CRISTO (Jô 15.1-5). ISSO É LOUVAR A DEUS EM ESPÍRITO E EM VERDADE e para isso não é preciso música, caso contrário os que não são músicos, jamais poderiam oferecer esse tipo de louvor a Deus.

4) É errado comparar Satanás com músicos, quanto ao orgulho. Esse tipo de pecado é passível de ser cometido por qualquer Cristão. E cremos que o pecado de Lúcifer não é em hipótese alguma igual ao do ser humano, que foi enganado, enquanto aquele "ser" deixou originar nele um sentimento que outrora não existia no Universo, visto a sua condenação.


Em Cristo Jesus
Pastor Edison Lima